segunda-feira, 17 de janeiro de 2011
Agora é a vez da banca
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
Destinos..
Em primeiro lugar, Gotemburgo, um regresso a casa, cidade que conheço bem. Segunda cidade Sueca, fantástica organização, sente-se qualidade de vida, nas ruas, cafés, bares, muito ao estilo do que é a generalidade da Suécia. Não se vêm sinais de pobreza mesmo quando nos afastamos dos pontos mais centrais, tão pouco sinais de grande riqueza. Existe claramente um estilo de vida transversal à maioria das pessoas: sair cedo para o trabalho, regressar a casa não depois das 16h e pelo caminho, especialmente os mais jovens, acabam por fazer uma pausa num dos cafés do centro da cidade para beber um café e partilhar uma conversa; uma actividade que se pode estender por mais de uma hora. De facto, não existem grandes incentivos extrínsecos para que se tenha uma vida profissional muito preenchida, os salários são bastante nivelados, e mesmos os mais baixos garantem uma boa qualidade de vida. Uma cidade bastante jovem e enérgica, onde se situa uma das maiores Universidade da Suécia. As pessoas são em geral atenciosas não negam um pedido de ajuda, mas também ao estilo Sueco extremamente individualistas, vivem consigo próprias, ou com um grupo restrito de amigos onde é difícil penetrar. Aliás tenho notado ao longo dos anos uma menor abertura aos estrangeiros, sem que isto tenha qualquer influência no primeiro contacto ou abordagem. Isto está alinhado também com os sinais de conflito social que o país tem vivido num momento em que 10% da sua população é imigrante, e têm pela primeira vez um partido de índole nacionalista no parlamento.
Nos momentos de diversão, são bastante excêntricos, mas mais uma vez entre as classes mais elitistas, não falar o Sueco pode criar alguns obstáculos a uma maior aproximação.
Rumo a Norte para Oslo, de carro, a fronteira vinca várias diferenças, para além da dificuldade que pode ser utrapassá la per se!!! O control é apertado! Enquanto que em território Sueco existem alguns quilómetros com ausência de Autoestrada, e longos períodos de pouca visibilidade, em território Norueguês luz em todos os 150 km de Austoestrada, longos períodos em túneis e em passagens sobre o mar. Não estivéssemos num dos países mais ricos dos Mundo. No entanto, se na Suécia encontramos um grande número de povoações, passando a fronteira é possível fazer 50km sem qualquer sinal de vida.
Oslo é uma das cidades mais caras do Mundo. Existem sinais de extrema riqueza mas também estranhamente de pobreza. A cidade é lindíssima, imponente e organizada, mas o choque com Gotemburgo é na vida que se vê nas ruas. Existe muito pouca concentração de pessoas, a cidade também não convida as pessoas a viverem-na, são poucos os espaços de lazer, não há um bar em cada esquina como em Gotemburgo. À noite apesar da quinta-feira, também pouco movimento e bastante concentrado.
Rumo a Leste, Varsóvia é uma cidade de grande dimensão, sente-se pela confusão nos transportes, a agitação nas ruas, percebe-se o porquê, Varsóvia e a área circundante têm quase 3,5M de pessoas. É uma cidade a duas velocidades. Por um lado, os centros histórico, extremamente imponente com sinais da riqueza de outros tempos, e empresarial onde estão as empresas multinacionais a povoar alguns arranha-ceús. Por outro, os primeiros sinais de que estamos no Leste, a frieza das ruas e edifícios, o rosto desligado das pessoas, o contraste na riqueza e ainda muitos sinais da Guerra que destruiu grande parte da cidade.
Cracóvia, é diferente. É uma cidade mais pequena que vive muito de uma das mais antigas Universidade da Europa. Estamos claramente menos a Leste, de resto a cidade esteve sobre controlo Austríaco durante várias décadas, inclusive durante o século XX, num período que cobriu a “Belle Époque” Austríaca. Vê-se esse contexto histórico na arquitectura, e no urbanismo num registo bem menos soviético. Não vi sinais da Guerra e os campos de concentração, nomeadamente o de Auschwitz-Birkenau estava ali ao lado; talvez se deva ao esforço dos Nazis em encobrir o Holocausto. É uma cidade lindíssima, jovem, com bastante vida e organizada. A noite é animada pela extensa população estudantil. Um cidade capaz de conciliar uma vertente cultural e lúdica na perfeição.
Definitivamente um conjunto de destinos que recomendo.
Cumprimentos,
Pedro Correia
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Homem do Leme
Estamos em tempos incertos. De profunda depressão causada pela palavra feia: crise! A crise justifica tudo. Ele é baixar salários, ele é subir preços, ele é aumentar impostos, ele é cortar, cortar e cortar.
Não ignoro, estamos mesmo mal. Mas o nosso problema é também a falta enorme que temos de um rumo e de quem segure o leme.
Ontem ouvia os Xutos & Pontapés e pensava: ora aqui está a enorme falta que temos neste país. Um País que se perde em engenhocas, negociatas, golpes baixos. Um País que vive com políticos egoístas, que apenas pensam na sua carreira. Um país que vive com políticos de corredor, incapazes de deixar uma ideia política, mas que manobram, influenciam e mandam verdadeiramente no sistema. Um País que precisa desesperadamente de alguém que nos guie pelo caminho a trilhar. Alguém que assuma o barco, que no meio deste túnel, descubra a luz que brilha lá no fundo. Que ultrapasse as ondas, as marés, que perante as adversidades lute com fé, com a sua vontade a romper. Sem medo de perder, de arriscar. Sem temer.
Precisamos de um verdadeiro homem do leme, que se rodeie de pessoas capazes e competentes. A liderança é uma solução para a saída da crise. Liderar pelo exemplo, liderar a inspirar, mas sobretudo liderar a rasgar os MUITOS interesses instalados, sobretudo dentro dos próprios partidos.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
A favor da Remuneração Compensatória
terça-feira, 7 de dezembro de 2010
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
Uma não-reportagem de investigação: quotas nos partidos pagas pelos próprios partidos
Um breve reparo
quarta-feira, 1 de dezembro de 2010
Dia Mundial de Luta contra a Sida
Com base nisto, na minha opinião, é evidente que as medidas essenciais para esta luta devem ser sobretudo medidas de prevenção. Segundo os dados da ONU/Sida, em Portugal existem 42 mil pessoas infectadas com o vírus. Na África Subsariana, segundo a mesma organização, em 2009, existiam 22.5 milhões de pessoas infectadas e destas, o vírus matou 1.3 milhões.
Com dados como estes, percebemos que é um assunto alarmante e que todos os esforços têm de ser reunidos para inverter esta situação. Enquanto estudante de Medicina e Católica é com muito agrado que vejo a Igreja, na pessoa do Papa Bento XVI, a abrir portas para uma mentalidade mais enquadrada com a realidade do mundo actual no entanto, sem nunca esquecer aqueles que são os valores que regem a actuação Cristã.
“Num livro-entrevista que será publicado terça-feira, o Papa Bento XVI mantém que não considera o preservativo "uma solução verdadeira e moral", mas admite a sua utilização em casos concretos: "Num ou noutro caso, embora seja utilizado para diminuir o risco de contágio, o preservativo pode ser um primeiro passo na direcção de uma sexualidade vivida de outro modo, mais humana."”, vide in Público.
terça-feira, 30 de novembro de 2010
Ética em política
A minha secção (Oeiras) apresentou três moções, uma das quais eu fui autor. Esta, apresentada no grupo de trabalho sobre "Desenvolvimento Sustentável", foi aprovada por unanimidade, algo de que me orgulho. Defendi que a JSD deveria ter como uma proposta politica a nível nacional a criação de um Programa Nacional de Educação Ambiental. O meus companheiros concordaram. E fiquei muito satisfeito pela qualidade da discussão que se fez naquele grupo.
Mas, apesar disto, o congresso não me correu bem. Mas a razão pela qual não me correu bem não foi o facto de o candidato que me apoiava ter perdido, longe disso! Afinal, em politica tanto se perde como se ganha, apesar de continuar a acreditar em Carlos Reis. Aproveito para dar os sinceros parabéns a Duarte Marques, que certamente será um bom presidente.
O congresso não me correu bem pois assisti a atitudes por parte de certos companheiros meus que me meteram nojo. E ainda metem. Assisti, no pódio do Congresso, a insultos pessoais do mais baixo nível, da não discussão de ideias mas sim de pessoas. Assisti, por parte de alguns, a uma autêntica peixeirada.
Se antes não percebia o porquê dos jovens se afastarem da política, com intervenções que chamaram alguns de "preguiçoso", "cobarde" e com insultos dissimulados a familiares, agora entendo o seu alheamento. Fiquei desiludido com alguns companheiros meus, que até tiveram sucesso neste congresso.
Não digo nem nomes nem quem apoiavam (pois nada teve a ver com alguma candidatura, teve sim a ver com o nível do orador), pois isso seria descer ao nível deles. Mas quem lê este post e esteve lá sabe de quem falo.
Resta-me apenas, com mágoa profunda, fazer dois apelos:
A todos os militantes da JSD, que nunca tomem a atitude deplorável de insultar alguém só porque esta defende algo diferente que vocês, pois com cada insulto que lançam é mais um jovem que se afasta da política e mais um reforço da teoria de que os políticos não passam de cães a um osso;
Aos "companheiros" que fizeram essas intervenções que pensem duas vezes antes de a fazerem, e se mesmo assim a fizerem que pelo menos façam isto: virem o busto de Sá Carneiro ao contrário, pois certamente ele não gostaria de ver que existem no seu próprio partido, na sua juventude, pessoas que fazem política sem ética e não acham que seja uma vergonha.
Existe uma JSD de respeito. Viva essa JSD!
Sobre a Revisão Estatutária
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Resultados do XXI Congresso Nacional da JSD
Lista A - 385 votos
Lista B - 217 votos
Eleitos:
Lista A - 5 membros
Lista B - 2 membros
Conselho Nacional
Lista A - 380 votos
Lista B - 220 votos
Eleitos:
Lista A - 35 conselheiros.
Lista B - 20 conselheiros.
Mesa:
Lista A - 373 votos
Lista B - 227 votos
Comissão Política Nacional:
Lista A - 380 Votos
Lista B - 220 Votos.
P.S(D) - Os resultados foram anotados presencialmente, pelo que peço desculpa por eventual erro de registo.
P.S(D) 2 - Deixarei para depois análise sobre o Congresso e os seus resultados.
Parabéns a todos os que foram eleitos no XXI Congresso Nacional da JSD, realizado nos dias 26,27 e 28 de Novembro, na fantástica cidade de Coimbra.
domingo, 28 de novembro de 2010
preliminar de um raciocínio
Sobre os cortes de 23% na cultura e a entrevista fantástica ao Luís Miguel Cintra
Acuso também um certo cansaço da pretensão das artes em viver num universo à parte. Eles, os normais, Nós, os artistas. Enfim, explanando agora o raciocínio:
Se por um lado dizemos que há sempre pouco dinheiro para investimentos na área da cultura/arte, também o dizemos permanentemente, motivo pelo qual a noção de "crise" é diferente e demora muito tempo a ser percepcionada pela classe artística que, genericamente, tende a viver "à parte". (se me perguntarem o porquê de ser um meio tão hermético, direi que é por comodismo, ao som de uma gargalhada - nunca pensei chamar comodista a um meio artístico.)
Digamos: os 23% são o clímax desta crise permanente na cultura portuguesa. E a verdade é que o problema não é SÓ (embora seja, também) o pouco dinheiro atribuído às criações artísticas: é a forma como ele é mal distribuído pelos grupos, acabando por favor a museologia artística e não a criação, de facto; é também, e é a este ponto que quero chegar, de não haver consciência social na criação. Perguntar-me-ão se a arte não deve ser livre. Não tenho resposta, naturalmente, daí que me fascine criar. O que é certo é que se se vive de dinheiros estatais porque se recusa o mecenato, parece-me que há a obrigação de deixar cair o ego e perceber que há, de facto, investimentos prioritário, que não pagar um jacuzzi para estar em cena 3 dias no grande auditório do CCB, numa sala recheada de convidados, família, críticos de teatro e amigos actores.
Retrógrada, a minha crítica? Não. Aprecio e sei que é dever do Estado apoiar a criação artística, embora não me pareça que isso se faça apenas dando verbas. Há "n" espaços devolutos: atribui-los a companhias não custaria dinheiro nenhum e estar-se-ia igualmente a favorecer e impulsionar a cultura.
A criatividade é, a meu ver, a grande matéria-prima do nosso século. Esta é, por isso, a hora de sermos criativos.
Se o corte de 23% é demais? É, sem dúvida. Mas prefiro ver "o corte" como uma proposta. Mas prefiro pensar que aquando a reformulação, a distribuição será mais favorável à Arte.
A arte não é essencial à vida de nenhum de nós, mas é inevitável; está a tornar-se num espelho cada vez mais preciso (=verdadeiro, =necessário). Continuar a fazê-la, mesmo com estas condicionantes financeiras, não é, de todo, concordar com elas, por um motivo simples: se, assim, conseguirmos tornar a arte lucrativa, será sinal de que os 23% deverão ser repostos... e somar-lhes uns quantos.
O cerne do trabalho da criatividade será, então: provar que a actividade artística pode ser (tal como na Alemanha) rentável e especialmente útil, ao nível do questionamento social, num momento como este.
Termino com um sincero pedido de desculpas. Pelo caos mental e pelo atraso do comentário.
sexta-feira, 26 de novembro de 2010
Um Olhar sobre a Cimeira dos Jovens Atlanticistas 2010
Foi interessante ver que a NATO está aberta ao diálogo e ao debate acerca da sua posição no Mundo uma vez que aquela cimeira não se limitou a palestras acerca da magnífica utilidade da Aliança. Foi além desse cenário. Prova disso é o facto de no terceiro dia ter tido lugar uma vídeo-conferência com estudantes de duas Universidades do Afeganistão, com o Ministro do Ensino Superior daquele país e com um elemento presente na sede da NATO em Bruxelas, na qual um estudante chegou a afirmar que a segurança em terras afegãs era cada vez pior. Aliás, esta vídeo-conferência fomentou bastante o debate, com perguntas de parte a parte. algumas sem resposta contundente mas com a ideia a ficar presente. No entanto, a cimeira não ficou por aqui. A diplomacia com a Rússia foi também abordada. As conferências de prestigiados convidados como Ban Ki Moon, o General Rasmussen e o General Petraeus, e de outros convidados não tão conhecidos mas igualmente perspicazes como o Almirante Stavridis, Jamie Shea contribuíram para a exposição e para o debate.
De realçar também a segurança em torno da cimeira da NATO que se estendeu à cimeira dos Jovens atlanticistas uma vez que as cimeiras realizavam-se em locais muito próximos. Houve, aliás a oportunidade de visitarmos o local onde os chefes de Governo discutiram o Novo Conceito Estratégico, que foi aprovado.
Em suma, um evento interessante e que proporcionou um maior conhecimento da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Prova da diferença
Há quem por aí diga num chavão mais ou menos corrente que os jovens não se interessam por nada, referindo-se este nada ao seu futuro colectivo. Há de facto um conjunto de pessoas que tentam passar essa ideia que está bem longe de ser provada. Nos dias que correm, juntando a facilidade das comunicações à abertura a jovens de novos campos de actuação, tem sido desmentida, dia após dia, esta ideia de há longos anos mais conhecida pela afirmação de que existe uma «geração rasca».
Porque a imprensa regional tem vindo a fazer o seu papel de impulsionar e divulgar as acções de muitos jovens do distrito e o seu mérito nas imensas conquistas que vão fazendo, hoje trago-vos uma ideia que está a percorrer uma rede social – o facebook – e uma página online de petições – peticaopublica.com –, o movimento anti-corrupção, cujo criador é o jovem leiriense Micael Sousa.
O Micael e o movimento que criou tem vindo a desenvolver um longo e interessante debate relativo à corrupção nessa rede social que é, como sabemos, em grande parte frequentada por jovens. Desse debate à construção de uma petição pública, tendente ao combate à corrupção através da consciencialização, informação, formação e educação, foi um passo. Neste momento a petição pública, que será entregue na Assembleia da República, é subscrita por 947 pessoas e uma delas é a eurodeputada socialista Ana Gomes.
Concordo em absoluto com o ponto de vista que é abordado no texto justificativo. A corrupção – das manifestações mais pequenas às grandes – leva a que o grau de desenvolvimento do país se encontre abaixo do potencial que ele realmente tem. Estas práticas, não só injustas, tornam a vida em comunidade menos fraterna e menos democrática.
A mudança neste aspecto, dada a sua transversalidade, passa pela consciência de todos nós, mas também através de medidas concretas como uma aposta na prevenção, na sensibilização e desenvolvimento de campanhas que alertem para este fenómeno e para os seus efeitos na vida do nosso país e do seu povo, começando esse trabalho na própria Casa da democracia – o Parlamento –, mas também, na educação, através de aulas de frequência obrigatória de cidadania e de disciplina obrigatória de ética e deontologia profissional em cursos superiores, a fim de abordar e explanar estas temáticas.
Resta-me deixar-vos o apelo para que indo a http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N3298, possam aí subscrever esta petição, sinal de que há quem se interesse por causas colectivas, a fim de tornar o nosso país num país melhor.
A notícia da capa do Diário de Leiria de ontem e que destaco nesta crónica é a aprovação do orçamento municipal em Leiria. Há que rever a lógica prevista na lei que regula a elaboração destes documentos, porque Castro tem razão na afirmação que fez sobre o irrealismo das receitas previstas meramente para cumprir o requisito de cobrir a despesa. Contudo, o facto que me salta mais à vista na notícia é a referência a troca de palavras entre o líder da bancada da vereação do PSD com os eleitos do PS, que o povo de Leiria há um ano atrás conferiu a responsabilidade de governar o concelho. Parece que o PSD ainda não fez a digestão da derrota, mas mais grave, a má digestão provocou a crispação. Tal como no país, Leiria, hoje vê a oposição sem rumo, que troca a postura construtiva pelo confronto. Leiria e Portugal precisam de uma oposição melhor, para bem de todos.
in Diário de Leiria de 25 de Novembro de 2010