quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ainda o anti-qualquer coisa (2)

O caro Tibério ainda não percebeu que está a discutir uma não-questão. Lancei vários temas sim, sobre o estado do país. Os quais o caro Tibério, sendo socialista, não se prestou a discutir. Percebemos porquê, claro.

Sinceramente, não tenho muita paciência para as habituais técnicas de distorção de argumentos, tão caras aos socialistas, e para os horrores de virgens ofendidas. A minha abordagem analítica e discursiva tem sempre um pendor eminentemente académico e, como tal, não contem comigo para ser politicamente correcto.

Contudo, como estou aqui de espírito aberto, e como nunca viro cara a qualquer confronto, pelo contrário, eu até lhe faço o obséquio de continuarmos a discutir isso. Peço-lhe é que não se fique apenas pela classificação de "infeliz". Arranje substância para os seus argumentos.

Ficam ainda dois reparos. Um, à sua afirmação de que Por ser um blogue que reúne vários quadrantes ideológicos, apreciei a forma inusitada como começou por «lançar alguns temas para a “mesa”». Aquilo que está subjacente às suas afirmações, e que já percebi logo no início, não é a tolerância mas o relativismo moral e intelectual, muito característico da Modernidade. Não conte comigo para isso. Como escreveu Gray em Gray's Anatomy, a respeito de Hayek, "a modern conservative must be a moral and intellectual radical".

Por último, o segundo reparo é à sua presunção ignorante: "Pelo menos não considerou o socialismo uma ideologia totalitária e escravizante do indivíduo. Um pequeno progresso." Juro que tive que me conter para não soltar uma gargalhada. Quer mesmo discutir isto? É mais que óbvio que o socialismo é uma ideologia totalitária e escravizante do indivíduo. Quando quiser discutir isto a sério, avise.

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