quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Ainda a respeito do anti-qualquer coisa

O estimado Tibério Dinis, considera que usei um vocábulo infeliz. Contudo, esta nem me parece ser uma questão muito relevante - se eu fosse um qualquer fundamentalista, não estaria num blog com socialistas e comunistas ou bloquistas, não é verdade? - por um simples motivo: a educação e socialização dos seres humanos faz-se através de preconceitos - uns verdadeiros e correctos, outros nem por isso, sendo isto, claro, subjectivo e padecendo de um enquadramento societal. Independentemente da valoração normativa atribuída aos preconceitos, ou seja, tomando-os em consideração de um ponto de vista meramente abstracto e académico, muitos destes preconceitos, responsáveis pela formação da personalidade, contribuem para uma definição desta, em larga escala, por oposição a outros preconceitos. Tudo isto para dizer que, grande parte da nossa personalidade define-se precisamente por ser anti-qualquer coisa. Não vejo que daí advenha grande choque ou qualquer classificação de "infeliz". Um comunista é anti-liberdade (mesmo que não o saiba, e sobre isso poderemos falar), assim como um liberal é anti-comunista porque pró-liberdade.

Infeliz é insinuar que porque Hitler ou Mussolini eram anti-comunistas, logo eu estaria na mesma categoria - técnica da amálgama e da distorção dos argumentos, muito utilizada à esquerda. Só que não só se pode observar que não eram anti-comunistas primários, como eu me classifiquei, como tanto fascismo e nazismo são apenas a outra face da mesma moeda comunista. Tudo ideologias totalitárias e escravizantes do indivíduo. Como liberal, não considero qualquer uma delas admissível ou tolerável.

Entretanto, vamos discutir algo importante como o actual estado do país?

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