quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Declaração sobre as Eleições na JSD/Lisboa

No próximo Sábado, entre as 15h30 e as 18h30, realizam-se as eleições para a Mesa e para a Comissão Política Distrital de Lisboa da JSD. Apresentam-se a votos, como candidato a presidente da mesa, o meu amigo Ricardo Júlio Pinho, actual presidente da JSD/Oeiras e Vereador na Câmara Municipal de Oeiras e, como candidata, à presidência da comissão política distrital de Lisboa, a companheira Joana Barata Lopes.
         A Secção de Moscavide, à qual tenho a honra de presidir, não integrará nenhuma das duas listas que vão a votos, no próximo sábado, o que não significa que não exista uma predisposição a colaborar com os órgãos que agora vão ser eleitos. Seremos iguais a nós próprios: Colaborar sempre, elogiar sempre que for merecido, criticar sempre que discordarmos das opções tomadas, mantendo, inevitavelmente, uma cooperação institucional excelente, em nome do interesse dos jovens do Distrito de Lisboa.
         Nos últimos dois anos, foi isso que fiz. Crítica quando considerei que era ajustado faze-lo, elogio sempre que isso se adequou. Acho que a Comissão Política Distrital, liderada pelo Paulo Pereira, realizou algumas iniciativas que considero terem sido benéficas, como é o caso da Actividade direccionada para a temática cultural com a comissão política ainda em exercício fechou o seu mandato, bem como, os Conselhos Distritais Temáticos, que foram realizados. Errou, claramente, na incapacidade para dinamizar a Coordenadora do Ensino Superior e a Coordenadora do Ensino Básico e Secundário, que, simplesmente, não existiram. Em Conselho Distrital, critiquei este último aspecto, elogiei as iniciativas positivas que tive oportunidade de referir.
         Vivemos hoje um momento muito delicado para as Juventudes Partidárias em Geral, para a JSD em particular. Um momento de afastamento dos jovens, por culpa dos agentes políticos. Pela falta de credibilidade, que aqueles que, consecutivamente, chegam à Zona de Decisão, evidenciam no desempenho dos cargos para os quais foram eleitos. Mas também, por não se ter a coragem de penalizar quem prejudica a estrutura e beneficiar, verdadeiramente, quem dá o seu melhor no serviço da juventude, no caso, do Distrito de Lisboa.
         A Joana Barata Lopes e a sua equipa (que se deve conhecer nas próximas horas), têm pois um enorme desafio e uma grande responsabilidade pela frente. Por outro lado, têm hoje condições absolutamente excepcionais, para o desenvolvimento desse trabalho, podendo a Joana escolher a equipa, obedecendo a critérios somente qualitativos, já que não teve lista adversária. São condições impares, que parecem ser garante de um mandato bem sucedido, mas ao mesmo tempo, aumentam o nível de responsabilidade.
         Seria injusto, não dar uma palavra ao Grupo Ganhar uma Geração, que julgo ter desempenhado um papel importante no contexto distrital, pelo menos, no último ano. A apresentação de um programa para o Distrito, considerado pela globalidade das pessoas, como um programa com qualidade e abrangente das várias áreas de sensibilidade dos jovens do Distrito de Lisboa, em Setembro de 2009, e a realização de diversas iniciativas, como é o caso do Debate sobre a Energia Nuclear realizado em Oeiras, faziam antever que o Grupo Ganhar uma Geração teria todas as condições para edificar uma candidatura sólida e, potencialmente, vitoriosa.
         Essa dinâmica de trabalho (e de vitória) foi abruptamente interrompida, em Abril passado, momento em que, na minha opinião, o Grupo Ganhar uma Geração acabou. Outros considerem, que o grupo terá terminado em Setembro. Uma certeza existe: O Grupo Ganhar uma Geração não conseguiu apresentar uma candidatura a estas eleições. Não é o momento de atribuir culpas. O Processo Eleitoral, apenas tem a sua conclusão no próximo Sábado, e apenas no seu final, farei uma reflexão profunda sobre tudo o que se passou, e depois, a frio, procederei a uma análise objectiva dos acontecimentos dos últimos meses, não com a finalidade de recriminar ninguém, mas de evidenciar o caso de estudo que este Grupo foi. Nas boas coisas que teve, e nos exemplos absolutamente repugnantes que também viveu.
         Este é portanto o momento, de todos os militantes do Distrito de Lisboa, darem, pelo menos, o beneficio da dúvida à Comissão Política que no Sábado vai ser eleita. De se apresentarem disponíveis a uma cooperação institucional excelente, contribuindo, com os seus reparos, para que o mandato seja o melhor possível. Não devemos querer que as coisas corram mal aos outros, só para podermos criticar, e dizer que faríamos melhor. Devemos querer que tudo corra bem, para que “no final do dia”, possamos dizer isto foi bom, e, eventualmente, afirmarmos que podemos fazer ainda melhor.
         Termino este breve tópico, que entendi apenas dar depois da entrega de listas, agradecendo a todos aqueles que me acompanharam ao longo dos últimos anos, em que julgo ter contribuído positivamente para o Distrito de Lisboa. Seja na feitura do Programa Ganhar uma Geração, seja nas Moções que apresentei, seja nas intervenções em Conselho Distrital que fiz. Agradeço a todos os que mesmo nos momentos difíceis, em que era mais fácil abandonar as convicções e os valores em que acreditavam, se mantiverem fiéis a esses valores e aos compromissos assumidos. A todos aqueles, que por mais que uma vez me manifestaram apoio, solidariedade e me incentivaram a tomadas de decisões variadas. Muito lhes agradeço, e peço desculpa, como já o fiz em intervenção pública no referido Conselho Distrital, por não ter podido corresponder às expectativas que alguns auguravam.
         Agora é o momento de todos trabalharmos. Nas Secções, quem está encarregue da sua direcção, na Distrital os orgãos que serão eleitos no próximo Sábado, e na Nacional, os orgãos que vão ser eleitos no final do mês de Novembro. Todos a trabalhar, sem ressentimentos e sem mágoas. Também sem esquecer, e sem deixar de lembrar. Convergindo e Divergindo, respeitando apenas as nossas convicções e os nossos valores. Percebendo que os nossos adversários políticos estão fora da JSD e não dentro, e que mesmo com esses, como este Blogue evidencia, é possível trabalhar em conjunto, porque o que nos une é o mesmo: Fazer mais e melhor para e pela juventude do nosso país.
         Até breve!

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